sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Guerra fria (texto e link).
No fim da página está o link para quem quiser ler mais sobre o assunto.
Guerra Fria é a designação atribuída ao período histórico de
disputas estratégicas e conflitos indiretos entre os Estados Unidos e a União
Soviética, compreendendo o período entre o final da Segunda Guerra Mundial
(1945) e a extinção da União Soviética (1991). Em resumo, foi um conflito de
ordem política, militar, tecnológica, econômica, social e ideológica entre as
duas nações e suas zonas de influência.
Uma parte dos historiadores defende que esta foi uma disputa
entre o capitalismo, representado pelos Estados Unidos e o socialismo,
defendido pela União Soviética (URSS). Entretanto, esta caracterização só pode
ser considerada válida com uma série de restrições e apenas para o período do
imediato pós-Segunda Guerra Mundial, até a década de 1950. Logo após, nos anos
1960, o bloco socialista se dividiu e durante as décadas de 1970 e 1980, a China comunista se
aliou aos Estados Unidos na disputa contra a União Soviética. Além disso,
muitas das disputas regionais envolveram Estados capitalistas, como os Estados
Unidos contra diversas potências locais mais nacionalistas.
É chamada "fria" porque não houve uma guerra
direta ou seja bélica, "quente", entre as duas superpotências, dada a
inviabilidade da vitória em uma batalha nuclear. A corrida armamentista pela
construção de um grande arsenal de armas nucleares foi o objetivo central
durante a primeira metade da Guerra Fria, estabilizando-se na década de 1960
até à década de 1970 e sendo reativada nos anos 1980 com o projeto do
presidente estadunidense Ronald Reagan chamado de "Guerra nas
Estrelas".
Dada a impossibilidade da resolução do confronto no plano
estratégico, pela via tradicional da guerra aberta e direta que envolveria um
confronto nuclear; as duas superpotências passaram a disputar poder de
influência política, econômica e ideológica em todo o mundo. Este processo se
caracterizou pelo envolvimento dos Estados Unidos e União Soviética em diversas
guerras regionais, onde cada potência apoiava um dos lados em guerra. Estados Unidos
e União Soviética não apenas financiavam lados opostos no confronto, disputando
influência político-ideológica, mas também para mostrar o seu poder de fogo e
reforçar as alianças regionais.
Neste contexto, os chamados países não alinhados,
mantiveram-se fora do conflito não alinhando-se aos blocos pró-URSS ou pró-EUA.
E formariam um "terceiro bloco" de países neutros: o Movimento Não
Alinhado.
Norte-americanos e soviéticos travaram uma luta ideológica,
política e econômica durante esse período. Se um governo socialista fosse
implantado em algum país do Terceiro Mundo, o governo norte-americano entendia
como uma ameaça à sua hegemonia; se um movimento popular combatesse um governo
aliado à soviético, logo poderia ser visto com simpatia pelos EUA e receber
apoio.
A Guerra da Coreia (1950-1953), a Guerra do Vietnã
(1962-1975) e a Guerra do Afeganistão (1979-1989) são os conflitos mais famosos
da Guerra Fria. Além da famosa tensão na Crise dos mísseis em Cuba (1962) e,
também na América do Sul, a Guerra das Malvinas (1982). Entretanto, durante
todo este período, a maior parte dos conflitos locais, guerras civis ou guerras
inter-estatais foi intensificado pela polarização entre EUA e URSS.
Esta polarização dos conflitos locais entre apenas dois
grandes polos de poder mundial, é que justifica a caracterização da polaridade
deste período como bipolar. Principalmente porque, mesmo que tenham existido
outras potências regionais entre 1945 e 1991, apenas EUA e URSS tinham
capacidade nuclear de segundo ataque, ou seja, capacidade de dissuasão nuclear.
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