quarta-feira, 15 de maio de 2013

Resumão: Continente americano.




Continente americano.

América é o continente localizado no hemisfério ocidental e que se estende, no sentido norte-sul, desde o oceano Ártico até o cabo Horn, ao longo de cerca de 15 mil quilômetros. O seu extremo oriental insular (não-continental) encontra-se na Groenlândia, o Nordostrundingen, enquanto o ocidental localiza-se nas Aleutas. Já os extremos continentais (não-insulares) são o cabo Príncipe de Gales, o extremo ocidental, no Alasca, e a ponta do Seixas, extremo oriental, no estado brasileiro da Paraíba.
Os três maiores países da América, Canadá, Estados Unidos e Brasil, são também as maiores economias, as quais estão entre as dez maiores do mundo.
 Com uma área de 42 189 120 km² e uma população de mais de 902 milhões de habitantes, corresponde a 8,3% da superfície total do planeta, ou 28,4% das terras emersas, e a 14% da população humana. Localizada entre o oceano Pacífico e o Atlântico, a América inclui o mar do Caribe e a Groenlândia, mas não a Islândia, por razões históricas e culturais.
A América compõe-se de duas massas de dimensões continentais (as Américas do Norte e do Sul) ligadas por um istmo (o istmo do Panamá) que é cortado por um canal (o canal do Panamá). Além dessas divisões, há os conceitos das chamadas América Média e Mesoamérica.

Primeiras migrações.

 Acredita-se que os primeiros migrantes humanos para a América foram nômades asiáticos que atravessaram a Beríngia ou Ponte Terrestre de Bering (onde hoje se encontra o estreito de Bering) para chegar à América do Norte.
Durante grande parte do século XX, os cientistas consideravam a cultura Clóvis como a primeira da América, com sítios datados de cerca de 13500 anos atrás. Mais recentemente, encontraram-se outros sítios arqueológicos que parecem indicar a presença humana na América por volta de 40000 a.C.
Em outra onda migratória, os inuítes atingiram a região ártica da América em cerca de 1000. Na mesma época, colonos vikingues começaram a chegar à Groenlândia, em 982, e em Vinland, pouco depois, embora esta última tenha sido abandonada logo em seguida; desapareceram da Groenlândia por volta de 1500.

Era pré-colombiana.

Milhares de anos após as primeiras migrações, surgiram as primeiras civilizações complexas no continente, com base em comunidades agrícolas. Foram identificados assentamentos sedentários a partir de 6000 a.C.

Grandes civilizações centralizadas desenvolveram-se no Hemisfério Ocidental: Caral ou Norte Chico, Chavin, Nazca, Moche, Huari, Chimu, Pachacamac, Tiahuanaco, Aymara e Inca nos Andes Centrais (hoje Peru e Bolívia); Muísca na Colômbia; Olmecas, Toltecas, Mixtecas, Zapotecas, Astecas e Maias na América Central.
As cidades dos astecas e dos maias eram tão grandes quanto às do Velho Mundo, com população estimada em cerca de 300 000 em Tenochtitlán, por exemplo. Tais civilizações desenvolveram a agricultura, com culturas de milho, batata, tomate, abóbora, feijão e abacate, dentre outras. Não desenvolveram a pecuária em larga escala, devido à escassez de espécies no continente.

Descoberta e colonização européia.
   
Milhares de anos após a chegada dos indígenas, o continente foi redescoberto pelos europeus. Foi a viagem de Cristóvão Colombo que levou à colonização europeia generalizada da América e à marginalização dos seus habitantes originais. O empreendimento de Colombo ocorreu num momento histórico em que diversos avanços em técnicas de navegação e comunicação permitiram atravessar o Atlântico e posteriormente disseminar pela Europa a notícia da descoberta.
A escravidão, doenças e guerras dizimaram as populações indígenas e alteraram radicalmente a composição étnica da América. O trabalho escravo foi reforçado no continente com a importação de indivíduos africanos, no que se tornou um crescente comércio escravagista, o tráfico negreiro.
As populações indígenas reduziam-se à medida que os contingentes brancos e negros cresciam rapidamente. É de notar-se, porém, que o maior número de indígenas e de casamentos inter-raciais na América Hispânica deu origem a populações com maior composição étnica de mestiços e indígenas nas Américas Central e do Sul.

Geografia da América.

O ponto mais setentrional das Américas é a ilha Kaffeklubben, que é o ponto emerso terrestre mais setentrional. O ponto mais ao sul é o ilhéu Águila, nas ilhas Diego Ramírez (a ilha Thule do Sul, é geralmente considerada parte da Antártida). O ponto mais oriental está em Nordostrundingen. O ponto mais ocidental é ilha Attu.
O continente americano é a maior massa terrestre do planeta no sentido norte-sul. No seu mais longo trecho, estende-se por cerca de 14 000 km, da península de Boothia, no norte do Canadá, ao Cabo Froward, na Patagônia chilena. O ponto mais ocidental do continente das Américas é o fim da península de Seward, no Alasca, enquanto a Ponta do Seixas, no nordeste do Brasil, forma a extremidade oriental do continente.

Topografia da América.

O Monte Aconcágua, na Argentina, é o mais alto pico do mundo fora dos Himalaias.
 A geografia ocidental da América é dominada pela cordilheira americana, com os Andes correndo ao longo da costa oeste da América do Sul6 e as Montanhas Rochosas e outras cordilheiras norte-americanas correndo ao longo do lado ocidental da América do Norte.
Com 2 300 km de comprimento os Apalaches correm ao longo da costa leste da América do Norte, do Alabama até Terra Nova.8 Ao norte dos Apalaches, a Cordilheira Árctica corre ao longo da costa oriental do Canadá.
As cordilheiras com os mais altos picos são os Andes e as montanhas Rochosas.
Enquanto exitem picos altos, em média, na Sierra Nevada e na cordilheira das Cascatas, não há como muitos atingindo uma altura maior do que 4 200 metros. Na América do Norte, a maior quantidade de montanhas com mais de 4 200 metros ocorrem nos Estados Unidos e, mais especificamente, no estado do Colorado. Os picos mais altos nas Américas estão localizados nos Andes, sendo o Aconcágua, na Argentina, o mais alto; na América do Norte o Monte McKinley, nos Estados Unidos, é o mais alto.
Entre as suas cadeias de montanhas costeiras, a América do Norte tem vastas áreas planas. As Planícies Interiores estão distribuídas por grande parte do continente, com baixo relevo. O Escudo Canadense cobre quase 5 milhões de km² da América do Norte e é geralmente bastante plano. Do mesmo modo, o nordeste da América do Sul é coberto pela plana bacia Amazônica. O planalto Brasileiro, na costa leste, é bastante suave, mas mostra algumas variações no relevo, enquanto mais ao sul existem grandes planícies como o Gran Chaco e os Pampas.

Hidrologia da América.

Com montanhas e planícies costeiras interiores, a América tem várias grandes bacias hidrográficas que drenam os continentes. A maior bacia hidrográfica da América do Norte é a do Mississippi, abrangendo a segunda maior bacia hidrográfica do planeta.
O sistema dos rios Mississippi-Missouri drena mais de 31 estados dos Estados Unidos, a maior parte das Grandes Planícies e grandes áreas entre as Montanhas Rochosas e os Apalaches. Este rio é o quarto maior do mundo e décimo mais poderoso do mundo.
Na América do Norte, a leste das montanhas Apalaches, não há grandes rios, mas sim uma série de rios e córregos que fluem para o leste com o seu término no oceano Atlântico, estes rios incluem o rio Savannah. Um exemplo semelhante surge com rios centrais canadenses que drenam para a baía de Hudson, sendo a maior do rio Churchill. Na costa oeste da América do Norte, os principais rios são o Colorado, Columbia, Yukon e Sacramento.
O rio Colorado drena grande parte das montanhas Rochosas do Sul. O rio corre por cerca de 2 330km para o Golfo da Califórnia, durante o qual ao longo do tempo tem esculpido fenômenos naturais, como o Grand Canyon e fenômenos criados, como o Mar Salton. O Columbia é um grande rio com 2 000 km de comprimento, no centro-oeste da América do Norte, e é o rio mais poderoso na costa oeste das Américas. No extremo noroeste da América do Norte, o Yukon drena grande parte da península do Alasca e corre por 3 190 km15 em direção ao Pacífico.
Drenando para o oceano Ártico, na América do Norte, o rio Mackenzie drena águas dos Grandes Lagos do Canadá. Este rio é o maior no Canadá e drenos 1 805 200 quilômetros quadrados.
A maior bacia hidrográfica da América do Sul é a do Amazonas, que tem o maior fluxo em volume do que qualquer outro rio do planeta. A segunda maior bacia hidrográfica da América do Sul é a do rio Paraná, que abrange cerca de 2,5 milhões km².

Clima da América.

O clima das Américas varia significativamente de região para região. Os lugares mais quentes das Américas estão localizados na Grande Bacia da América do Norte e no deserto do Atacama, no Chile.
O clima de floresta tropical ocorre nas latitudes da Amazônia, nas florestas nubladas americanas, na Flórida e em Darién Gap.
Nas montanhas Rochosas e nos Andes, um clima semelhante é observado. Muitas vezes, as altitudes mais elevadas dessas montanhas são cobertas de neve.
O sudeste da América do Norte é bem conhecido por sua ocorrência de tornados e furacões, dos quais a grande maioria dos tornados ocorrem no Tornado Alley, nos Estados Unidos. Muitas vezes, partes do Caribe estão expostas aos efeitos de furacões violentos. Estes sistemas climáticos são formadas pela colisão de ar seco e frio do Canadá e do ar quente úmido do Atlântico.

Demografia da América.

A população total da América era de 910 720 588 habitantes segundo estimativas de 2008.
A população da América compreende descendentes de grandes grupos étnicos, como os indígenas (inclusive inuítes e aleútas), os europeus (principalmente espanhóis, ingleses, irlandeses, italianos, portugueses, franceses, alemães e holandeses), negros africanos, asiáticos (como os amarelos e os médio-orientais), bem como mestiços e mulatos.

Dados gerais da América.

Área total: 42.189.120 km²
 Maior país em extensão: Canadá
 País mais populoso: Estados Unidos
 Ponto culminante: Aconcágua (Argentina)
 Maior ilha: Groenlândia (2.175.000 km²)
 Maior depressão: Vale da Morte (Estados Unidos)
 Maior bacia hidrográfica: bacia Amazônica (América do Sul)
 Maior rio: Amazonas (Brasil e Peru)
 Maior PIB: Estados Unidos
 Número de países: 35
 Maior IDH: Canadá
 Maior temperatura registrada: 56,6 °C Vale da Morte, (EUA)
 Menor temperatura registrada: -61,4 °C (Ilhas Árticas, Ilha de Ferrentzen)
 Maiores cidades, em população (exclusive os demais municípios das regiões metropolitanas): São Paulo (Brasil), Cidade do México (México) e Nova Iorque (Estados Unidos).
 Maiores regiões metropolitanas, por população: Cidade do México, São Paulo e Nova Iorque.

Resumo: Revolução Russa


A Revolução Russa de 1917 foi um período de conflitos, iniciados em 1917, que derrubou a autocracia russa e levou ao poder o Partido Bolchevique, de Vladimir Lênin. Recém-industrializada e sofrendo com a Primeira Guerra Mundial, a Rússia tinha uma grande massa de operários e camponeses trabalhando muito e ganhando pouco. Além disso, o governo absolutista do czar Nicolau II desagradava o povo, que queria uma liderança menos opressiva e mais democrática. A soma dos fatores levou a manifestações populares que fizeram o monarca renunciar e, no fim do processo, deram origem à União Soviética, o primeiro país socialista do mundo, que durou até 1991.
A Revolução compreendeu duas fases distintas:
A Revolução de Fevereiro (março de 1917, pelo calendário ocidental), que derrubou a autocracia do Czar Nicolau II , o último Czar a governar, e procurou estabelecer em seu lugar uma república de cunho liberal.
A Revolução de Outubro (novembro de 1917, pelo calendário ocidental), na qual o Partido Bolchevique, derrubou o governo provisório e impôs o governo socialista soviético.
Nicolau II, o sucessor de Alexandre III, procurou facilitar a entrada de capitais estrangeiros para promover a industrialização do país, principalmente da França, da Alemanha, da Inglaterra e da Bélgica. Esse processo de industrialização ocorreu posteriormente à da maioria dos países da Europa Ocidental . O desenvolvimento capitalista russo foi ativado por medidas como o início da exportação do petróleo, a implantação de estradas de ferro e da indústria siderúrgica.

Os investimentos industriais foram concentrados em centros urbanos populosos, como Moscovo, São Petersburgo, Odessa e Kiev. Nessas cidades, formou-se um operariado de aproximadamente 3 milhões de pessoas, que recebiam salários miseráveis e eram submetidas a jornadas de 12 a 16 horas diárias de trabalho, não recebiam alimentação e trabalhavam em locais imundos, sujeitos a doenças. Nessa dramática situação de exploração do operariado, as ideias socialistas encontraram um campo fértil para o seu florescimento .

Com o desenvolvimento da industrialização e o maior relacionamento com a Europa Ocidental, a Rússia recebeu do exterior novas correntes políticas que chocavam com o antiquado absolutismo do governo russo. Entre elas destacou-se a corrente inspirada no marxismo, que deu origem ao Partido Operário Social-Democrata Russo.

 O POSDR foi violentamente combatido pela Okhrana. Embora tenha sido desarticulado dentro da Rússia em 1898, voltou a organizar-se no exterior, tendo como líderes principais Gueorgui Plekhanov, Vladimir Ilyich Ulyanov (conhecido como Lênin) e Lev Bronstein (conhecido como Trotsky).

A divisão do Partido: Mencheviques e Bolcheviques

 Em 1903, divergências quanto à forma de ação levaram os membros do partido POSDR a se dividir em dois grupos básicos:

os mencheviques: liderados por Martov, defendiam que os trabalhadores podiam conquistar o poder participando normalmente das atividades políticas. Acreditavam, ainda, que era preciso esperar o pleno desenvolvimento capitalista da Rússia e o desabrochar das suas contradições, para se dar início efetivo à ação revolucionária. Como esses membros tiveram menos votos em relação ao outro grupo, ficaram conhecidos como mencheviques, que significa minoria.

os bolcheviques: liderados por Lenin, defendiam que os trabalhadores somente chegariam ao poder pela luta revolucionária. Pregavam a formação de uma ditadura do proletariado3 , na qual também estivesse representada a classe camponesa. Como esse grupo obteve mais adeptos, ficou conhecido como bolchevique, que significa maioria. Trotsky, que inicialmente não se filiou a nenhuma das facções, aderiu aos bolcheviques mais tarde, em 1917.

A queda do Czar e o processo revolucionário.

Mesmo abatida pelos reflexos da derrota militar frente ao Japão, a Rússia envolveu-se em um outro grande conflito, a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), em que também sofreu pesadas derrotas nos combates contra os alemães5 . A longa duração da guerra provocou crise de abastecimento alimentar nas cidades, desencadeando uma série de greves e revoltas populares . Incapaz de conter a onda de insatisfações, o regime czarista mostrava-se intensamente debilitado.

Numa das greves em Petrogrado (actualmente São Petersburgo, então capital do país), Nicolau II toma a última das suas muitas decisões desastrosas: ordena aos militares que disparem sobre a multidão e contenham a revolta. Partes do exército, sobretudo os soldados, apoiaram a revolta. A violência e a confusão nas ruas tornam-se incontroláveis. Segundo o jornalista francês Claude Anet, em São Petersburgo cerca de 1500 pessoas foram mortas e cerca de 6 mil ficaram feridas.

 Em 15 de março de 1917, o conjunto de forças políticas de oposição (liberais burguesas e socialistas) depuseram o czar Nicolau II, dando início à Revolução Russa. O czar foi posteriormente executado, e sua família, composta pela mulher, quatro filhas e um filho, ficaram em prisão domiciliar porém também foram executados posteriormente.